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1.20.2010

Ano novo, vida nova e clichês antigos

Bem leitores (se é que eu ainda tenho algum) o mundo não é do modo que queremos e, por isso, deixei de postar um tempo. Mas cá estou eu! Vinte dias atrasada, mas aqui.

Já perceberam que todo ano, no final do ano, no Natal e ano-novo, desejar felicidades está cada vez mais e mais difícil? Por que se gostamos de uma pessoa, não iremos apenas chegar nela e dizer:
-Feliz Natal, muita paz, saude, prosperidade e muitas muitas felicidades.
Afinal, isso é o clichê natalino. Todo mundo diz isso pra todo mundo e está cada vez mais sem efeito e significado, por que nós dizemos isso até para o cachorro do mendigo da esquina da casa da sua avó que uma vez você deu a ele uma moeda de cinco centavos. Exagero? Nem tanto.
Bem antes de continuar, vamos ao significado da palavra "clichê":
Um clichê (do cliché), chavão ou lugar-comum é uma expressão idiomática que, de tão utilizada e repetida, desgastou-se e perdeu o sentido ou se tornou algo que gera uma reação má em vez de dar o efeito esperado.

Entenderam minha revolta contra os clichês?
Outros que me afligem também são os de ano-novo e aniversário: já conheceu alguém que não dissesse "Um próspero ano-novo! Muita paz e harmonia nesse ano que tá chegando, ok?"
Muitas dessas pessoas nem ao menos sabe o que significa a palavra próspero, mas não tem nem ideia do que dizer de tão comum que é ver um cartão escrito: "Feliz Natal e próspero ano-novo!" ou "Boas festas!"

Mas algo que acho que ainda tem salvação é a páscoa. É claro que existe o "Feliz páscoa" mas ainda não virou um clichê tão chato e gasto.
Frases feitas também são bastante irritante não acham? Minha memória não está lá essas coisas e não consigo me lembrar de nenhum exemplo, mas com certeza vocês já ouviram não é? Se não ouviu eu lhe dou os parabéns: você não tem amigos ou família, é um isolado.
Não sei vocês, mas eu nunca sei confortar uma pessoa. Aconteça o que tiver acontecido eu apenas digo:
-Poxa, fulano, fica assim não. Vai passar.
É sempre isso. Tenha o pai da pessoa morrido ou ela quebrado a unha do dedão do pé. Mas minha cara amiga Isabela (a do blog Minha página, minha vida, que postou aqui) diz apenas:
-Tá tudo bem?
É obvio que não! Mas uma vez eu tava muito triste e ela perguntou isso aí eu comecei a rir e fiquei com um humor muito melhor. Viu? Às vezes pode funcionar. Às vezes. Ou você pode tomar um soco na sua linda face.
Até mais ler pessoas!